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Bruna Ramos da Fonte é biógrafa, escritora, historiadora e jornalista. Desenvolve projetos também nas áreas da composição, curadoria, dramaturgia, fotografia e produção audiovisual.

Natural de São Bernardo do Campo (SP), aos oito anos de idade Bruna Ramos da Fonte iniciou os seus estudos musicais com a professora Maria Auxiliadora Guimarães, uma das maiores referências musicais da região do Grande ABC. Datam dessa época, as suas primeiras letras de música. Nos anos seguintes, prosseguiria os seus estudos com as violinistas Alexandra Fujinami e Dorotheia Elke Gruber e com a pianista Antonieta Soldani Chedid. Aluna do tradicional Conservatório Santa Cecília de Santo André, seria durante os estudos de piano clássico que nasceria o seu interesse pela pesquisa musical e biográfica.

 

Aos dez anos de idade, teve o seu primeiro texto literário publicado em uma antologia. Anos depois, lançaria o seu primeiro projeto individual – O Réquiem – que posteriormente daria origem ao romance biográfico Um Réquiem para Mozart. Baseado nos últimos seis meses de vida do compositor austríaco W. A. Mozart – e tendo como pano de fundo o mistério que envolve a encomenda do seu Réquiem –, o livro foi escrito a convite do Consulado Geral da Áustria em São Paulo e prefaciado pelo então Embaixador da Áustria no Brasil, Werner Brandstetter. Publicado em 2020 pela Editora Letramento, na época de sua escrita, Um Réquiem para Mozart chamaria ainda a atenção de grandes personalidades do meio musical e da literatura como o escritor Artur da Távola e o flautista Altamiro Carrilho.

 

Como uma consequência natural do seu trabalho como pesquisadora, iniciou a sua carreira como entrevistadora no ano de 2007, conduzindo entrevistas para diversos veículos e atuando também como mediadora de mesas redondas e debates artísticos e culturais. Desde então, entrevistou alguns dos maiores ícones do cenário artístico brasileiro, entre eles: Ney Matogrosso, Marco Ricca, Zizi Possi, Roberto Menescal, Miéle, Cacá Diegues, Pedro Rovai, Moogie Canazio, Paulo Coelho, Sidney Magal, Max Pierre, Ivan Lins, Gabriel Braga Nunes, J. R. Duran, Sérgio Reis, Jayme Monjardim, Raul Gil, André Midani, Oswaldo Montenegro, Leila Pinheiro, Marcos Valle e Carlos Lyra.

Entre os anos de 2007 e 2008, esteve à frente da sua própria revista eletrônica bilíngue iMagazine – uma das primeiras do gênero no Brasil – que contava com nomes como Roberto Shinyashiki, Fabio Arruda e Reinaldo Polito no seu time de colaboradores. Atuando nesta publicação como editora e entrevistadora, seria nesse período que conheceria Roberto Menescal – um dos criadores da Bossa Nova – sobre quem escreveria dois dos seus projetos biográficos: O Barquinho Vai... Roberto Menescal e suas histórias (Irmãos Vitale, 2010) e Essa tal de Bossa Nova (Rocco/Prumo, 2012) – este último com Direção Editorial de Jiro Takahashi, um dos mais renomados editores do Brasil. Resultado de cinco anos de pesquisa e trabalho em parceria com o compositor, ambos os livros têm prefácio assinado pelo bestseller brasileiro Paulo Coelho e seriam responsáveis por lançar no mercado editorial uma estética literária ainda pouco explorada na produção biográfica brasileira daquele momento: a crônica biográfica.  

Sempre em busca dos mais variados suportes e linguagens para contar histórias e biografar, nos anos seguintes, a sua versatilidade e pluralidade fariam com que transitasse pelas mais diversas esferas que compõem a produção e a realização de projetos audiovisuais, agregando conhecimento e experiência no desenvolvimento do processo de criação desde a concepção da ideia até a realização do projeto final. Durante o ano de 2010 apresentou e co-produziu o programa de entrevistas Papo de Músico – transmitido pela Rádio USP – ao lado do crítico musical Toninho Spessoto. A partir de 2012 passaria a atuar também como pesquisadora histórico-biográfica para projetos de cinema, rádio e televisão, além de redigir argumentos e roteiros. No ano de 2013, co-produziu o curta-metragem Sons do Brasil: Roberto Menescal, que integra a série Petites Planètes do diretor francês Vincent Moon.

Fotógrafa desde 2005, o seu trabalho integra alguns dos acervos fotográficos mais importantes da América Latina – incluindo a prestigiada Colección Arte de Nuestra América Haydee Santamaría da Casa de las Américas de Havana (Cuba), além de ter sido colaboradora das agências americanas Getty Images e Zuma Press. É autora do projeto Nosotros: Retratos de América, um trabalho de documentação da realidade no continente americano em tempos de globalização. Reunindo diferentes aspectos da riqueza cultural do nosso povo em cenas da vida cotidiana que revelam uma identidade tão diversa, mas ao mesmo tempo tão bem definida, o projeto estreou no final de 2013, na Casa de las Américas a convite da Embaixada do Brasil em Havana, com a série Vidigal: Retratos de uma Favela. Na ocasião, Bruna foi a única artista brasileira a representar o país no Mês da Cultura Brasileira em Cuba. É de sua autoria também a série Trilhos que, tendo como tema os trens abandonados nas ferrovias de São Paulo e com a apresentação assinada pelo cantor e compositor Paulinho Moska, entre maio de 2011 e dezembro de 2012 foi vista por mais de dois milhões de pessoas somente no Brasil. No ano de 2011, com a série Destroços documentou o cenário dos deslizamentos na região serrana do Rio de Janeiro seis meses depois deste acontecimento, a fim de denunciar o descaso das autoridades com as vítimas da tragédia. No ano de 2018, documento os hábitos e o dia-a-dia de uma aldeia de indígenas da etnia Pataxó no sul da Bahia com a série Cara Pintada. É autora do livro foto-biográfico Havana 2013 – uma fotobiografia e um breve ensaio sobre economia, consumo e globalização, um projeto ainda inédito, que conta com texto de contracapa assinado pelo cantor e compositor Paulinho Moska e prefaciado pelo jornalista Paulo Moreira (editor de videojornalismo do Jornal O Globo).

No ano de 2017, lançou o livro Sidney Magal: muito mais que um Amante Latino (Irmãos Vitale, 2017) escrito em comemoração aos cinquenta anos de carreira do cantor Sidney Magal. Com a intenção de registrar não somente a história escrita do biografado, mas também a sua história visual, neste projeto aliou a sua experiência como fotógrafa à literatura a fim de realizar a curadoria da fotobiografia que ilustra o livro do início ao final. A combinação harmônica entre palavras e imagens faz de Sidney Magal: muito mais que um Amante Latino um material biográfico único. No último trimestre de 2022 estreia o musical 

 

Como compositora, em 2010 assinou a letra da música Bruma Guia, composta em parceria com Roberto Menescal. Em 2015, iniciou a sua parceria com o compositor gaúcho Killy Freitas com quem compõe atualmente o repertório para um álbum autoral.

Especialista em Leitura e Produção Textual com MBA em Jornalismo Digital e aperfeiçoamento em Psicanálise Clínica, é criadora da sua própria metodologia no campo da Escrita Terapêutica. Referência na área é constantemente requisitada para ministrar curso e palestras em todo o Brasil, além de treinamentos para educadores e profissionais das mais diversas áreas. No ano de 2021, lançou Escrita Terapêutica: um caminho para a cura interior pela Editora Letramento, no qual divide com o leitor os princípios da sua metodologia para que ele possa a partir de então aprender a desenvolver a sua prática em Escrita Terapêutica. Área ainda pouco explorada no Brasil, o livro é uma das primeiras publicações sobre o tema no país. No mesmo ano, publico também Versos de amor e despedida pela Editora Patuá, o seu primeiro livro de poesias com prefácio assinado pelo editor Jiro Takahashi.

No ano de 2022, teve um dos seus títulos – "O barquinho vai... Roberto Menescal e suas histórias" – (Irmãos Vitale, 2010) adotado pelo Governo da Cidade de São Paulo e disponibilizado em todas as bibliotecas das escolas municipais. No mesmo ano, uma edição revista e ampliada do seu livro "Essa tal de Bossa Nova" foi lançada pela Editora Rocco e adotado pelas Fábricas de Cultura da cidade de São Paulo e Grande São Paulo. No mesmo ano, assinou a adaptação dramatúrgica do seu livro "Sidney Magal: muito mais que um Amante Latino" (Irmãos Vitale, 2017) para o teatro musical, uma produção aclamada pelo público e pela crítica durante a temporada que permaneceu em cartaz no Teatro Porto (São Paulo). 

Atualmente, assina a curadoria de exposição "Sidney Magal: muito mais que um Amante Latino" que será inaugurada na cidade de São Paulo no final do primeiro semestre de 2023.

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